Aguas Calientes - A cidade aos pés de Machu Picchu

Apesar de Machu Picchu pertencer a província de Cusco e estar fortemente ligado a cidade, o destino final para quem deseja conhecer as ruínas é o pequeno povoado de Aguas Calientes (ou também conhecida como Machu Picchu Pueblo). A cidade fica em um vale cercada por montanhas e mata fechada, está projetada apenas como um ponto de passagem para quem vai as ruínas, mas nem por isso perde o seu charme. Se pode fazer o passeio a Machu Picchu de duas formas, sair de Cusco bem cedo e fazer tudo no mesmo dia ou pernoitar em Aguas Calientes para subir até as ruínas pela manhã, sendo assim os primeiro a chegar e tendo muito mais tempo para aproveitar o local, foi esta última opção que escolhemos.


Como chegar

Trem: A maneira mais tradicional dos turistas chegarem até a cidade é através das duas empresas de trem que fazem o trajeto, a Inca Rain e a Peru Rain. As empresas são muito semelhantes, a Peru Rain sai das estações de Cusco e Ollantaytambo e possui diversas opções de serviços. Já Inca Rain, a qual escolhemos, sai apenas de Ollantaytambo e possuí apenas a opção mais econômica. Mesmo escolhendo pela opção mais econômica, o valor é salgado, pagamos na época cerca de 100 dólares as passagens de ida e volta. Fizemos a compra no site da empresa com cartão de crédito internacional e não tivemos problemas.

Trilha Inca: É possível fazer o mesmo caminho que os incas realizavam para chegar a cidade de Machu Picchu, ele pode levar de 2 a 4 dias. Mais informações é possível encontrar neste site: http://trilhaincamachupicchu.org/

Econômica: Apesar do trem ser a forma mais conhecida, as agencia de viagem de Cusco oferecem uma opção muito mais econômica. Se vai de van até uma hidrelétrica desativada e se termina o percurso caminhando. Como não fizemos, não temos informações sobre ela, mas é fácil encontrar diversos relatos na internet. http://trilhaincamachupicchu.org/

Curiosidade: Até o ano de 2010 era possível ir a Aguas Calientes de helicóptero, mas devido aos danos ao patrimônio histórico, o governo proibiu essa prática. A empresa que fazia a rota era a Helicusco, a viagem durava 35 min e custava 300 dólares por turista.

Onde se hospedar

Não se preocupe com a localização, em qualquer lugar você estará perto da estação de trens, que levam e trazem a cidade, e ao ponto do ônibus que sobe a Machu Picchu. O único hotel que foge a essa regra é o luxuoso Belmond Sanctuary Lodge, localizado dentro do parque das ruínas.

Nós ficamos no Varayoc Bed & Breakfast, uma hospedagem familiar localizada exatamente em frente ao ponto de ônibus que vai a Machu Picchu. Possui um estrutura simples mas suficiente para passar uma noite, a única desvantagem é o barulho que começa logo cedo das pessoas que estão esperando o ônibus.



Onde comer

Opções não faltam, existem muitos restaurante, cafés, bares, etc. Os preços não são muito diferentes de Cusco, razoavelmente baratos. Nós comemos uma pizza no restaurante localizado junto ao nosso hostel que era muito boa. Dicas também devem ser de onde não ir, por isto, evite a confeitaria francesa que fica na rua principal, de frente para o rio, se chama La Boulangerie de Paris. Ruim e cara



Todo mundo que está lá só está pensando em Machu Picchu, o que não poderia ser diferente. As outras opção turísticas da cidade são os banhos termais (dai o nome) e trilhas pela mata. Não estávamos preparados para fazer nenhum dos dois, por isto não temos dicas. O que podemos recomendar é não comprar as passagens de trem, para voltar Cusco, num horário muito tarde, já que provavelmente você vai ir para Machu Picchu pela manhã e no inicio da tarde já estará livre, sem mais disposição para fazer qualquer coisa.

De uma forma geral podemos resumir o roteiro para a cidade em: chegue em Águas Calientes no dia anterior a subida a Machu Picchu, caminhe pela pequena cidade e descanse. No outro dia acorde cedo e passe o tempo que for preciso em Machu Picchu, tenha para o final deste dia a passagem de trem de retorno a Cusco.

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