Medellin - Tudo o que você precisa saber: hospedagem, transporte, atrações e mais.
Depois de um voo de não mais de 35 min, saído da cidade de Bogotá, chegamos ao segundo destino do nosso Mochilão: Medellin. Reservamos 4 noites para conhecê-la e conseguimos fazer muita coisa neste período. Além disso, a cidade serviu como base para pegarmos o voo para San Andres. (Como é voar pela low cost Viva Colômbia).
A cidade de Medellin pertence ao departamento de Antioquia e é a segunda maior do país, perdendo apenas para Bogotá. Localizada na Cordilheira dos Andes, é conhecida como “a cidade da eterna primavera” por sua temperatura constante o ano todo (que estava mais para um verão forte quando estivemos lá.)
Com um passado de violência e pobreza devido ao narcotráfico, presidido principalmente por Pablo Escobar, a cidade se orgulha da sua recuperação nos últimos anos. É um local bastante agradável e cheio de atividades. Suas comunidades, que sobem pelas montanhas, contrastam com seus bairros desenvolvidos, com um fluxo constante de turistas.
Como chegar a Medellin
Vindo de Bogotá, como foi o nosso caso, pode-se chegar de ônibus ou avião.
Ônibus: A viagem dura de 10h a 12h, uma das empresas que fazem este trajeto é a Expresso Bolivariano (não utilizamos, então não podemos recomendar nenhuma.)
Avião: Nossa ideia inicial era fazer o trajeto de ônibus, até entrarmos no site da Viva Colômbia e verificar que o preço da passagem era o mesmo do ônibus. Saindo do terminal doméstico de Bogotá, em 35 min estávamos no aeroporto José Maria Cordova, em Rionegro (cidade vizinha a Medellin).
Como sair do Aeroporto
Por Medellin estar em um vale, o aeroporto internacional que opera a serviço da cidade está em Rionegro, há cerca de 30 km. Medellin até possui aeroporto, mas apenas para voos pequenos.
Existem duas formas econômicas de sair ou chegar no aeroporto, utilizamos as duas, uma para sair e outra para chegar:
Ônibus: há uma linha de ônibus que sai da área de desembarque do aeroporto e leva até o centro de Medellin. Os ônibus são brancos com verde, de fácil reconhecimento. (na dúvida pergunte no balcão de informações turísticas onde saem os ônibus para San Diego). A passagem custa $9.000 pesos (R$ 13,5, Jan/16). Você deve pegá-lo e descer no shopping San Diego, é primeira parada depois da saída do aeroporto, depois de cerca de 1h de viagem. O shopping fica próximo do metrô, onde você poderá pegá-lo para ir até a sua hospedagem (provavelmente você ficará hospedado no bairro El Poblado, então só pegar o metro e descer na estação de mesmo nome).
Taxi compartilhado: do mesmo local que saem os ônibus, tem vários taxis compartilhados. Você vai diferenciá-los dos outros porque são brancos enquanto os outros são amarelos. O valor varia de $12.000 (R$ 18) a $15.000 pesos ($22,5, Jan/2016), dependendo da negociação. Ele te deixará no mesmo local do ônibus, em frente ao shopping San Diego. Nós acabamos optando pelo taxi na volta, por que fomos convencidos pelos insistentes vendedores que ficam abordando as pessoas no ponto do ônibus oferecendo o serviço. Vale a pena por ser mais rápido que o ônibus, já que os motoristas dirigem “do jeito colombiano”.
Além dessas duas opções, tem os taxis normais como em todos os aeroportos.
Onde se hospedar
Enquanto pesquisávamos hospedagem vimos que basicamente estão em dois bairros da cidade, o Centro Histórico ou El Poblado. Optamos pela segunda opção e visitamos a primeira, nossas impressões foram:
El Poblado: Bairro nobre da cidade, com muitas opções de hospedagem, restaurantes, cafés, bares… de fácil acesso ao metrô e outras regiões. Apesar de não ter muitas atividades, é a área mais turística e sem dúvida a melhor opção para se hospedar.
Centro Histórico: Como todo centro de grande cidade, bairro com prédios antigos, muita gente e um pouco caótico. Apesar de ter as opções mais econômicas da cidade, definitivamente não vale a pena.
Nós nos hospedamos no Memphis Hostal, fizemos a reserva pelo Booking e tivemos alguns problemas. Ao chegarmos nos colocaram um quarto que ficava na lavanderia, sem janelas, com os móveis quebrados e o banheiro do lado de fora. Pedimos para trocar, e mediante o pagamento da diferença, fomos transferido para um quarto melhor. Mas que também tinha seus problemas, a porta do quarto era transparente, tínhamos que colocar um lençol para dormir, já que ele ficava ao lado da recepção que tinha bastante fluxo de pessoas, a única janela era a do banheiro que por isso tinha a porta de vidro, o que era inconveniente. Em resumo, não recomendamos. Opções não faltam na região, com certeza existem muitas outras melhores.
Como se locomover na cidade
Usamos o metro para irmos a todas as atrações da cidade, sendo todas elas próximas as estações. A tarifa é de $ 2.150 pesos ($3,5, Jan/2016) por trajeto. O bilhete pode ser integrado com o ônibus, o que é muito vantajoso já que a estação El Poblado fica umas 10 quadras da área dos hotéis/hostels. É possível pegar o ônibus e comprar junto a do metrô ou na hora do metrô pedir a integrada, sempre informando qual linha. A diferença para a passagem normal é $200 pesos (R$0,30, Jan/2016) para o trecho do bairro El Poblado.
O que fazer em Medellin
Quando chegamos na cidades ficamos com a sensação que tínhamos reservados muitos dias para ela e que não teríamos muito o que fazer, mas não foi isso o que aconteceu. A cidade se revelou muito interessante.
Vamos separar as atividades por proximidade, utilizando a estação do metrô como referência.
Estación Universidad: Na frete desta estação estão as seguintes atividades, reserve um dia inteiro para elas.
Parque Explora: Uma daquelas atrações que você não pode deixar de ir. Museu de ciências que possui atrações interativas para todas as idades. O primeiro pavilhão do parque é um aquário gigante incrível, depois segue com outros pavilhões divididos por temas. Reserve ao menos meio dia para conhecer tudo. A entrada custa $ 23.000 pesos (R$ 34, Jan/2016) e o horário é de terça a sexta das 8:30 às 17:30 e sábados e domingos das 10:00 às 18:00, não abre as segundas. Fomos em um domingo e estava cheio, parece ser um programa típico das famílias locais. Mais informações: http://www.parqueexplora.org/
Planetário: Do outro lado da rua do Parque Explora, o planetário é moderno e bastante interativo. A entrada dá direito a um filme 3D de 30 min, que você escolhe na hora de comprar o bilhete, e que é sem dúvidas a principal atração do local. Projetado em uma tela em forma de cúpula gigante, fascina mesmo quem não é muito interessado no assunto. A tarifa custa $14.000 (R$21, Jan/2016), você pode verificar os diferente horários de funcionamento e mais informações aqui: http://www.planetariomedellin.org/horarios-y-tarifas/
Jardim Botânico: Finalizando o dia, aproveite o Jardim Botânico que fica colado nas outras duas atrações. Um ótimo refugio para fugir do calor de Medellin, grande e muito bonito, nos finais de semanas fica lotado, sendo até difícil achar uma sobra vaga para sentar. Possui vários restaurantes, trenzinho para quem quer conhecer todo o parque e áreas fechadas com exposições de plantas. A entrada é gratuita e sem dúvida vale muito a pena.
Estación Parque Berrio: Centro histórico da cidade, é possível ir a todos os pontos caminhando.
Parque de las Luces: Praça com luminárias gigantes (24 metros de altura, segundo a Wikipedia), vale a visita e rende boas fotos. Provavelmente fica linda a noite, porem o local não inspira muita confiança para andar sem ser durante o dia. Mesmo apagadas são muito impressionantes. Em frete fica a Biblioteca Municipal, um prédio lindo.
Palácio de la Cultura Rafael Uribe Uribe: Centro cultural com diversas salas e exposições, conta um pouco a história da cidade. A grande atração é a sua arquitetura no estilo gótico, diferente e impressionante.
Parque do Los Pies Descalzos: Saindo um pouco da confusão do centro, está o Parque dos pés descalços. Lugar onde você pode testar os seus sentidos, andando descalço pela arreia, pedras, grama e finalizando na água. O parque é aberto e a entrada é gratuita.
Estación Acevedo
Parque Arvi e metrocable: O parque Arvi é uma reserva natural com diversas atividades, como caminhadas guiadas e avistamento de aves. O parque é legal mas chegar até lá é a verdadeira atração turística. Por estar bastante afastado da cidade ir de carro leva em torno de 2 horas, mas tem um outra opção mais rápida e divertida: o Metrocable.
O Metrocable é um bondinho integrado com o metrô, que leva a população dos bairros que ficam no vale para as comunidades no alto da montanha. É um sistema que facilitou muito a vida da população e é o orgulho da cidade. Para chegar até o parque, você deve ir até a estação Acevedo, não desembarque, pegue o bondinho em direção a Santo Domingo. Neste trajeto você chegará até o topo de uma comunidade, lá você pegará mais um metrocable até o Parque Arvi, por tratar-se de uma atração turística, este último trajeto custa $ 4.200 (R$ 6,5, Jan/2016), o outro trecho está integrado ao metrô e não precisa pagar. No último trajeto serão vários minutos passando por cima da copa das arvores, uma visão única.
Estación El Poblado
Bairro El Poblado: Provavelmente este será o lugar de hospedagem, caso não seja, o bairro merece um visita para ver as diversas praças e parques, além dos incontáveis restaurantes, bares e cafés. O bairro é seguro e pode-se andar nele a qualquer hora do dia.